Sua marca precisa de um posicionamento social que seja verdadeiro
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REDAÇÃO DOXXA
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5 março 2018Vivemos um período de constantes mudanças sociais e quebras de paradigma, onde a internet possibilitou que as pessoas tivessem sua voz ouvida e suas opiniões consideradas. É neste momento que vive a sua empresa, cercada por clientes e consumidores das mais diferentes crenças e valores, precisando lidar com os mais diversos pensamentos. Por isso, mais do que nunca, é importante que a sua marca tenha um posicionamento claro e entenda que não há mais como ser neutra.
Este cenário é fruto da visão ampla e ousada dos Millennials e da Geração Z. Eles nasceram em um mundo globalizado, onde as barreiras e as fronteiras são elásticas, serviços e produtos estão interligados diretamente à experiência de compra e uma empresa precisa ter posicionamento diante de qualquer situação social.
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De acordo com pesquisas recentes, tanto o mercado de trabalho quanto o poder de compra estão saindo das mãos da Geração X e dos Baby Boomers. Segundo o PSFK, membros da Geração Z já são responsáveis por um poder de compra de US$ 44 bilhões e são os principais influenciadores na decisão de compra do seu núcleo familiar. Enquanto isso, os Millennials dominam o mercado de trabalho e as decisões comerciais, já que, segundo a EY, até o fim do 2018 eles representarão 87% dos cargos de liderança em empresas.
O mercado mudou muito de alguns anos para cá e o surgimento de novas abordagens de marketing e gestão, como o Inbound, é uma prova disso. Tudo isso está relacionado a quem está por trás dessas mudanças: em um cenário complexo e, por muitas vezes, polarizado, os consumidores buscam se enxergar nos produtos e serviços que consomem.
Defender um conceito ou apoiar um grupo social já faz parte das campanhas publicitárias de diversas empresas de alguns anos para cá. Em 2015, por exemplo, O Boticário rendeu polêmicas na internet ao fazer diferente em uma campanha de dia dos namorados que reunia casais hétero e homossexuais e, desde então, incluir algum grupo considerado minoritário socialmente é uma realidade do marketing brasileiro.
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A C&A já é conhecida por burlar padrões de moda em suas campanhas, a Skol vem repensando o papel da mulher no universo publicitário da cerveja, a Renner trouxe a inclusão da deficiência auditiva no último natal e a Natura sempre procura nos lembrar da sustentabilidade de seu negócio. Estas marcas pregam atenção e responsabilidade social e, até onde sabemos, vivem aquilo que pregam. Porém, nem sempre é assim.
Recentemente, uma polêmica envolvendo a Riachuelo trouxe uma discussão sobre a importância da veracidade do posicionamento social de empresas. No final do ano passado, a rede de lojas de departamento lançou sua campanha de final de ano celebrando o amor independente de gênero, mas declarações de cunho conservador de seu presidente colocaram em dúvida o posicionamento igualitário da empresa. Imediatamente, clientes da Riachuelo se posicionaram contra o empresário e diversos protestos de internautas e promessas de boicote foram feitos.
Situações como esta nos mostram que é essencial entender como todo posicionamento precisa ser verdadeiro e que a sua empresa, como um todo, precisa adotar estes princípios. Quem dita o poder de compra hoje quer conhecer os valores das marcas, enxergar suas crenças e saber se levantam suas bandeiras. Mais do que nunca, estes princípios precisam ser verdadeiros.
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